Último domingo, 5h30: Meu despertador tocou. Já levantei desanimada por que estava com receio de pagar mico na Corrida Feminina 5K McDonalds 2015 - Etapa MG - Coloquei no soneca!

5h40: O alarme tocou novamente. Meu esposo percebeu que eu não sairia da cama e levantou. Arrumou a mesa de café para mim e disse: "Amor, seu café ta na mesa". Percebi que só tinha duas opção: Ir ou ir (rsrsr..)

6h30: Saímos de casa rumo ao Marco Zero na Pampulha, aqui em Belo Horizonte. 


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Dada a largada às 7h, comecei a dar os meus "trotezinhos" (pequenos picos de corrida). Atravessei a linha de largada  consciente que estava competindo comigo mesma. Com meus medos e anseios. Não estava disposta a chegar entre as três primeiras colocadas. Não! Ainda tenho muito a aprender. Sabia que naquele momento era só  eu e Deus. 

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Assim como outras mulheres, comecei a caminhar. Ao som de algumas músicas de minha preferência, e como jornalista observadora que sou, comecei a reparar em cada participante que me ultrapassava  e, até mesmo, as que estavam atrás de mim. Na pista, ao contrário que meus pensamentos me diziam e que muitas mulheres acima do peso pensam, me deparei com idosas, crianças, mulheres magrinhas, cheinhas, muito gordinhas, mães empurrando carrinhos de bebês... 

Quando já me aproximava dos 2km iniciais, me deparo com uma corredora deficiente visual. Lá estava ela, retornando com seu personal para o percurso inicial ( eram 2,5km de ida e 2,5km de volta, totalizando 5km). Ali eu tive a certeza de que nada poderia me prender.  


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Após 27min retornei a pista (sem burlar trecho algum) e continuei o percurso rumo ao ponto de partida.   Acelerei o passo e  comecei a conversar com Deus. Eu falava com ele sobre como é difícil essa questão de emagrecimento, que eu tinha certeza que eu gostava muito de comer, mas que eu gostava mais de mim. Que o que eu queria mesmo era ter uma vida saudável, ter filhos sem ter que me preocupar com o fato de estar acima do peso, não ter doenças oriundas da obesidade...

Naquele momento, em meu coração, veio uma frase que eu tenho certeza que foi uma resposta de Deus: " Tem coisas que depende apenas de você! o meu papel é te fortalecer". De todo o meu coração, eu senti uma paz, que até chorei. Como estava de óculos escuro, ninguém percebeu.

Quando faltava menos de 1km para completar a corrida, me deparo com duas irmãs que levavam a mãe cadeirante para participar do evento. As parabenizei e disse que fiquei orgulhosa com a postura delas e que aquela imagem contribuiu muito para a minha persistência. Um delas me informou que elas chegaram atrasadas, mas que mesmo assim estavam lá.  

Roberta com sua mãe e irmã
 Me despedi delas e continuei meu trajeto, afinal, o tempo estava correndo. De repente, avistei a linha de chegada, e lá estava meu marido, me aplaudindo, me dando forças e registrando a minha vitória. Cheguei, o abracei e chorei muito. Chorei porque eu venci! Venci o desânimo, o medo de não conseguir acompanhar as colegas de corrida, medo de não conseguir completar a prova....
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