Se tem um assunto que gera um  pouco de discussão e persegue parte da população, sem dúvida é o fator gordura corporal. De acordo com a Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso. Entretanto, um estudo revelou que o sobrepeso (que é completamente diferente de obesidade),  é maior entre os homens, atingindo mais de 52%. Já nas mulheres, esta porcentagem atinge quase 45% delas.

Sou de uma época (não muito distante), em que os lanches escolares eram repletos de alimentos que hoje são banidos das cantinas, como: salgadinhos, frituras, biscoitos recheados e refrigerantes, o que nos últimos tempos foi descoberto que tais lanches contribuíam piamente para a má qualidade de vida entre as crianças. Gerando certamente futuros adultos obesos.

Desde que me entendo por gente, não me lembro do dia, até os meus 19 anos, que eu  me preocupei com o meu peso. E a partir dos 20, a minha realidade mudou. Lembro-me que em 2002, pesava 72kg, e neste ano, exatamente 12 anos depois,meu peso subiu para 110kg. Ou seja,  38kg a mais que o meu peso ideal. Minha altura? 1,70m. Dorme com esse barulho!

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Se me perguntarem como engordei tanto assim, eu digo que não sei. Aliás, sei sim! Afinal, se dividirmos o tanto que engordei por 12 anos, o resultado será em média, 3kg por ano, que se somam imperceptivelmente. A diferença é que eu descobri com uma endocrinologista, que eu tenho COMPULSÃO ALIMENTAR, como eu já relatei aquiA partir daí, reconheci que se estou alegre, celebro com a comida. Se estou triste, choro com a comida. Se estou nervosa, desconto na comida.

E logo cheguei a conclusão que se eu não encarar a obesidade como uma doença que precisa ser tratada, ela vai acabar com a minha saúde de vez! Ao contrário do que muitos dizem, obesidade não é falta de vergonha na cara.

Como já disse aqui, em 2012 eu adoeci. Fiquei afastada do trabalho por quase seis meses, havia parado de andar. Quando eu retornei, uma colega me disse: Nossa, Aline! Como você emagreceu!  Olha o lado bom da doença! Pelo menos você na está gorda!" Na época, havia eliminado 10kg por conta de uma depressão. Agora me respondam: tem cabimento  alguém valorizar uma doença só por conta de um emagrecimento?

Eu levanto a bandeira: obesidade não traz felicidade, mas magreza também não! O que vale é a qualidade de vida. E assim eu vou seguindo, caindo, reerguendo, seguindo a dieta a risca, chorando, indo a academia, mas sem perder o foco! E com isso, já se foram 8kg. Não quero imaginar o tanto que ainda falta, prefiro valorizar o que já eliminei. E assim vou seguindo, sem lenço e sem documento.